sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"POST DO LEITOR"


Aqueles que meteram o pau agora estão com o rabo entre as pernas vendo a repercussão do quarteto inglês. O Kasabian - nome da banda inspirado em Linda Kasabian, uma das integrantes da seita de Charles Manson – é liderado por Tom Meighan, no vocal, Sergio Pizzorno, guitarra/backing vocals, Ian Matthews, na bateria, e Chris Edwards no baixo, lançou seu terceiro álbum em junho de 2009. Antes mesmo de escutar a capa já chamava a atenção, o apelo da produção dá clara alusão a psicodelia dos 60. Basta ver que Tom está vestido de Napoleão, loucura que tem tudo a ver com o título do terceiro álbum, West Ryder Pauper Lunatic Asylum – um manicômio desativado de Yorkshire. Tom revela que a capa foi inspirada no Their Santanic Majesties Request, dos Rolling Stones 1967 – sem esquecer do Sgt Pepper’s do Beatles. Atitude que levou o prêmio da NME de melhor arte de capa.


A primeira impressão não foi boa, pois as críticas foram contundentes, principalmente as vindas de fora da terra da Rainha, mas, sem dúvida uma afirmação é fundamental: esse álbum é um divisor de águas para o rock inglês. Se antes comparavam o Kasabian ao Oasis ou Primal Scream, agora outras bandas passarão a ser comparadas com eles. O álbum praticamente comemora 10 anos de uma badinha que começou na escola em 1999. As músicas mostraram grande potencial comercial, fato que desagradou a ortodoxia crítica de música. Enfim, a primeira vez dei o play no álbum não parei mais de escutar e entrei nessa viagem proposta pelos músicos. Do início ao fim, de arrepiar, na hora deu vontade de escrever uma resenha do álbum, contudo, levei alguns meses para isso. Sentimento reprimido não faz bem e a Carolina então deu espaço para algumas linhas sobre o álbum.
 


É um bom material para apresentar ao vivo ou para qualquer trilha sonora de peças publicitárias e games, coisas que aparentemente eles estão se especializando em criar. A música que mais se parece com os álbuns anteriores, sem dúvida é a faixa 11 – Fire. Na terceira audição "eu estava em chamas"! Também, é essa que mais chama a atenção para o fim comercial que tomou. A Umbro utilizou a música para o lançamento de uma das camisas da seleção inglesa, para jogos “fora de casa”, em território “inimigo”. Para tal, a campanha foi rodada em um show em Paris, terreno mais hostil para os ingleses no planeta em se tratando de futebol.


Sem muito aviso e nem nenhuma explicação, o trecho do show que virou propaganda de TV e cinema é foda: show do Kasabian no Olympia Theatre. A banda deixa o palco, para voltar depois e dar o bis. Tom chega ao camarim, tira sua camisa suada e veste a vermelha da seleção inglesa – a nova away home. Deixa a banda voltar ao palco e entra por último. De vermelho, com a camisa do English Team, o cantor abre os braços como um deus em tom provocador, como se estivesse chamando a platéia francesa para uma briga. O teatro cai em vaias e ele provoca ainda mais. Então vem o bis com “Fire” e fica tudo em casa. 



Ainda, as faixas de "Fast Fuse" podem ser ouvidas no FIFA 2009, bem como, “Underdog”, no Kasabian Football Hero.. “Vlad The Impaler” chama a atenção pelo título e sonoridade recheada de sintetizadores. Essa crua alusão as viagens de LSD dos 60 é válida, especialmente um psychedelic rock’n’roll. Afinal, eles apostaram naquele som do rockaço antigo dos Stones aliado às batidas da dance music e levaram o prêmio de melhor álbum 2009 da NME também. Há por aí quem diga que eles acabam por fazer o álbum de rock psicadélico do século XXI.
 



 

E o "post do leitor" de hoje é do Rafael Poerschke, como sempre mega antenado no que está na "moda" no mundo da música.

3 comentários:

  1. Melhor álbum de 2009!!
    Abraço
    leusin

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  2. eh amigo,

    quebraram tudo, inclusive paradigmas

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  3. Não acho que seja o melhor disco do ano como disse o Leusin. Yeah Ghost do Zero7 foi o momento de redenção musical de 2009 para mim, mas com certeza o Kasabian supreendeu com esse álbum de nome difícil de decorar, contrariando, na minha humilde opinião, o conceito do All Music Guide - AMG que considera o primeiro (Kasabian - 2004) como o top. Muito bom e lembra muuito Beatles, sem perder a originalidade. Isso seria possível? Ah, claro, se inspirar nos Beatles é lugar comum, mas poucos o fazem com competência. O Kasabian conseguiu.

    beijos queridos
    Jaque

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